terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A nova vida do Bairro São João de Deus





























O Bairro de S. João de Deus, no Porto, está a ganhar uma nova cara. Depois de no mandato de Rui Rio a Câmara ter demolido 28 blocos (saíram 562 famílias), está agora a começar uma nova vida para o conjunto habitacional. As obras deverão estar concluídas em 2019. Na extremidade da Rua 1, o projeto do arquiteto Nuno Brandão Costa faz-se notar. São 13 novas
habitações - de linhas simples e modernas - "que estão em fase de acabamento", junto ao velho bairro de moradias, nascido na década de 40, referiu ao IN o presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, Ernesto Santos.
"Os critérios para a escolha dos primeiros realojados passará por optar pelos casos mais antigos ou por pessoas doentes", referiu o autarca. Daí que Ernesto Santos sustente a esperança de ver “alguns inquilinos das casas pertencentes ao Património dos Pobres” serem mudados para lá, "para não serem desenraizados". "É um caso para se estudar", referiu.
As obras de remodelação do bairro foram iniciadas já com Rui Moreira como presidente da Câmara. O autarca assumiu o compromisso de apostar na promoção da reabilitação da Zona Oriental. No S. João de Deus, os trabalhos incluem também a transformação de 144 habitações em 84, ganhando cada inquilino uma casa com quase o dobro da área. Para as remodelações
acontecerem, as famílias acordaram com o Município mudar-se temporariamente para contentores colocados no próprio bairro. Das primeiras a mudar-se "Foi-nos dito que seria por oito
meses, mas temos de contar que os prazos podem resvalar", referiu Armanda da Conceição, 70
anos, que será das primeiras a mudar-se para os contentores, “lá para os finais de fevereiro, inícios de março". Mesmo preocupada com o facto da mobília do quarto "não caber no contentor", considera as obras "essenciais": " As casas no inverno são um frigorífico,
cheias de humidade”. A questão das mobfiias não caberem nos contentores é mesmo uma das questões que centram as atenções dos moradores. Mas nada que não possa ser ultrapassado.
"A Câmara mostrou-se disponível para ajudar nas mudanças e para guardar o que for preciso”, explicou uma residente, que preferiu o anonimato.

Grande expectativa

Maria Fernanda, 63 anos, é otimista e sublinha que "as pessoas estão a sofrer por antecipação". "Foi-nos dada a opção de sermos transferidos para outros bairros, enquanto decorressem as obras, e à exceção de um vizinho todos preferiram a solução dos contentores. Por isso, há que encará-los como um remedeio", acrescentou.

Ninguém quer perder os laços de comunidade. E a expectativa com as novas casas é enorme. "Até há T3 com direito a duas casas de banho. Uma delas é uma suíte", referiu outra moradora, em jeito de graça. Madalena Pinto, 63 anos, que foi "criada no bairro", pagando 2,19 euros de renda, contou que a sua casa "é uma das mais conservadas”, porque foi “fazéndo obras". Ainda assim, fala com satisfação da mudança que o bairro está a passar: "As casas têm um ar muito moderno e são muitos jeitosas por dentro".

Por: Marta Neves

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O terceiro Assalto



















"O terceiro Assalto", é uma iniciativa de um grupo de investigadores da Faculdade de Arquitetura, na qual a população pode visitar imóveis históricos e fechados há muitos anos.