Portugal entrou esta quinta-feira em estado de emergência. No Porto, foi notório. A Avenida dos Aliados estava vazia como nunca se tinha visto. Não, não era de madrugada. Os relógios marcavam 15h00, mas a avenida mais emblemática da cidade “estava às moscas” como o povo diz. Também na rua mais movimentada da cidade, Santa Catarina, o bastião das compras na invicta, o cenário era irreconhecível: lojas fechadas, cafés fechados e apenas algumas pessoas na via pública, a caminho do metro ou a tentar chegar às filas intermináveis das farmácias e dos supermercados. A Ribeira estava sem a cor e a vida que a caracteriza. Num ou noutro banco alguns turistas, nem uma dezena, resistentes e teimosos, que tentam desfrutar a cidade esquecendo a epidemia mundial. A polícia municipal percorria o Porto nos seus carros com os avisos “fique em casa” em várias línguas, para que não restassem dúvidas.
No metro, a visão era irreal. Um dos maiores pontos de passagem de todo o Porto, a estação da Trindade, estava vazia. Muito poucas pessoas nas carruagens e as que circulavam não dispensavam as luvas e a máscara.
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